COM A COTAÇÃO DO DÓLAR EM QUEDA, É HORA DE MANDAR DINHEIRO PARA O EXTERIOR E INVESTIR?

COM A COTAÇÃO DO DÓLAR EM QUEDA, É
HORA DE MANDAR DINHEIRO PARA O EXTERIOR E INVESTIR?
 

Em
meio às preocupações dos investidores com a política fiscal do governo, o
interesse do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em transferir
investimentos para fora do país aumentou este ano. E a recente queda do valor
do dólar tem feito muitos deles se perguntarem se não é hora de colocar o que
estava no papel em prática.


VARIAÇÃO DO DÓLAR

No
ano de 2022, o real se valorizou ante o dólar, que caiu cerca de 5% e se
valorizou perto de R$ 5,30 em dezembro. No entanto, no final do ano, estava
perto de R$ 5,70, enquanto a mínima era de R $ 4,60.

 

Em
janeiro, o dólar americano caiu um pouco mais, fechando o mês com
desvalorização de 4%. O dia começou a R$ 5,14.

 

A PERGUNTA É:

Iniciar o movimento de conversão da
moeda nesse patamar parece ser uma oportunidade. Este é, de fato, o melhor
momento para reabastecer sua conta internacional e comprar ativos estrangeiros?
 


ANALISANDO O CENÁRIO ATUAL

Devido
à volatilidade do valor do dólar americano, esta pode ser uma opção benéfica.
Apesar de ter caído abaixo de R$ 5 na sexta-feira (3), o dólar retomou a
trajetória de alta nos dias seguintes, fechando a semana cotado a R$ 5,17, alta
de 0,5%.

 

É
um reflexo de fatores internos e externos. Não é de hoje que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) questiona a independência do Banco Central e o nível
da taxa Selic, como reiterou em seu discurso durante a posse de Aloizio
Mercadante (PT) como presidente da BNDES.


A
impressão entre os analistas financeiros é que o governo pode querer cortar os
juros “no barato “, ignorando os possíveis efeitos sobre a inflação.
“Qualquer economia em desenvolvimento e mercado maduro requer um banco central
independente “, diz Anderson Meneses, CEO da Alkin Research (empresa de
investimentos).

 

Por
outro lado, certo nível de otimismo persistiu nos mercados nas últimas semanas.
A criação de novos negócios continua forte nos Estados Unidos, levando os investidores
a acreditar que os juros precisarão subir ainda mais para controlar a inflação.


A
dinâmica tributária da maior economia do mundo pesa sobre o mercado de renda brasileiro,
com investidores oferecendo maiores incentivos para investir no país, seja em
renda fixa ou em ativos de risco. Isso reduz a entrada de dólares no Brasil,
agravada pela desvalorização do real e, consequentemente, pela alta do câmbio.



OPINIÃO DE ANALISTAS:

 

Raphael Figueredo, sócio e analista da Eleven Financial, concorda que
dolarizar uma parte da carteira, independentemente do nível do câmbio, vale a
pena.

 

“O dólar visitou o patamar abaixo dos R$ 5,
mas durou pouco. Apesar do diferencial de juros favorável, temos um ambiente
político tenso, que ainda não conseguiu ancorar qual será o arcabouço fiscal do
País. As curvas de juros permanecem com um nível de prêmio significativo, e o câmbio
é reflexo disso
”, diz Figueredo.

 

No
entanto, como a taxa de conversão é apenas um dos componentes do desempenho de
uma aplicação internacional, o analista destaca a importância de avaliar com
cautela as perspectivas das atividades em questão.


O
analista acredita que o ambiente atual é favorável para investir em renda fixa
no mercado externo, por exemplo. “Os
Estados Unidos têm juros negativos ou zerados por anos, e até alguns títulos do
governo pagam 4% ao ano, em dólar”, diz. “Esses são os títulos da maior
economia do mundo, no ambiente teórico mais seguro do mundo. Se os EUA quebram,
quebram o mundo “.

 

Atualmente,
ele aconselha os investidores a sacar entre 15% e 30% de seu investimento.



É HORA DE COMPRAR DÓLAR?

Como
dito anteriormente, a volatilidade do dólar deve permanecer elevada neste
ambiente de incerteza e inflação crescente nos próximos meses.

 

O
valor aproximado do dólar americano a R$ 5 é uma boa janela de compra. Por ser
uma moeda forte, o dólar é um dos mais importantes ativos de investimento a se
ter em mãos, além de ajudar a proteger a economia brasileira de riscos.

 

A
recomendação é comprar dólares em pequenos incrementos – gradual e
metodicamente porque os ativos estrangeiros continuam caros e o custo de
oportunidade brasileiro (CDI) continua alto. A exposição internacional em
carteiras é essencial, mas deve ser feita com cautela. 

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